Tatiana Zylberberg

Escrever sempre me levou ao amor! Seja por meio das cartas que troquei na infância e adolescência com a minha querida avó Amélia ou dos textos de diários secretos quando era menina.  A palavra escrita no papel, na tela ou no ar era para mim uma forma de chegar em alguém com todo cuidado. Quando surgiram os e-mails, eu imprimia as mensagens mais preciosas com medo de perdê-las no horizonte. Quando iniciei a minha atuação docente passava horas a colocar bilhetes nos trabalhos, como um gesto de afeto por quem compartilhava comigo tanto tempo entre paredes. As poesias borbulhavam a minha imaginação, elas foram as minhas primeiras publicações em livro de coletânea e foi pelo meu olhar de mundo impresso nelas, que recebi o convite para ingressar na Academia Itajubense de Letras (AIL) no começo dos anos 2000. Estes textos agora reunidos neste Blog TPZ foram escritos em instantes diversos. Entretanto, a pandemia vivida neste ano de 2020, a qual nos colocou literalmente imersos em casa, fez renascer o desejo de ficar mais perto das escritas que eu germinei! 

Os temas transitam e não são fixos. Estes textos curtos partilham inquietações. Talvez alguns façam você pensar em novas respostas, talvez outros sequer façam sentido para ti. O que me move neste instante em que não posso mais sair pelo mundo em liberdade, é que as minhas palavras cheguem onde não posso ir. 

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Beijo fraterno, Tatiana Passos Zylberberg